terça-feira, 6 de agosto de 2019

CONICE 2019 – A Interpretação Espírita à Luz da Ciência


Allan Kardec fundou a Sociedade Parisiense de Estudos Espíritas como entidade científica e não religiosa. Dedicou-se a pesquisas exaustivas e fundou a Revista Espírita para divulgação ampla e sistemática dos resultados dessas pesquisas. Sua coragem serviu de amparo e estímulo aos cientistas que, surpreendidos pela realidade dos fenômenos fizeram os primeiros rasgos na cortina de trevas que cercava as mais imponentes instituições científicas. (Herculano Pires, 2018)
Quando as crenças espíritas estiverem vulgarizadas, quando forem aceitas pelas massas, dar-se-á com elas o que se tem dado com todas as ideias novas que encontraram oposição: os sábios se renderão à evidência. Eles a aceitarão individualmente, pela força das circunstâncias. (A. Kardec – introdução de O Livro dos Espíritos).
Por muitos séculos na história da humanidade, os saberes vigentes eram do domínio ora da Religião, ora da Filosofia, ambas em contraponto à Ciência. Muitos outros séculos se passaram e a cisão inevitável aconteceu. (...) É chegado o momento dos saberes Científico e Espiritual se complementarem para proporcionarem ao ser humano, acima de tudo, o bem-estar espiritual e existencial. (C.E. Accioly Durgante, 2013).
Baseado nas observações acima e dando continuidade à incentivação à pesquisa de temas Espíritas, foi realizado o 6º CONICE – Congresso de Iniciação Científica Espírita em 04/08/2019 no CEFEC – Centro Espírita Fé, Esperança e Caridade em Itajubá.


Este evento é realizado sob a coordenação das AME’s (Aliança Municipal Espírita) de Santa Rita do Sapucaí e de Itajubá, com o apoio do 23º CRE – Conselho Regional Espírita.
São objetivos do CONICE:
- incentivar o desenvolvimento da vocação para os campos da ciência nos centros espíritas, por meio de participação em projetos de pesquisa;
- possibilitar a divulgação dos trabalhos de pesquisa realizados por frequentadores de estudos em casas espíritas;
- promover a iniciação científica nas casas espíritas como alternativa pedagógica para a obtenção do conhecimento.
Para este 6º CONICE houve uma inovação: além dos artigos de pesquisa, foi aberto espaço para as crianças começarem seu desenvolvimento de pesquisadores, dentro das limitações delas, amparadas pelos evangelizadores das Casas onde frequentam.
Foi oferecida também a oportunidade para os Centros apresentarem um relato de trabalho desenvolvido na Casa ou relato sobre o Estudo Minucioso do Evangelho de Jesus. Pode ser apresentada ainda uma resenha de um livro espírita ou de um poema espírita.
Pretende-se abranger um maior número de pessoas para se tornarem, além de leitoras, também escritoras, produtoras de seu próprio trabalho literário, produtoras de conhecimento.
Foram apresentados os seguintes trabalhos:
A saga do planetinha azul” – narração do livro infantil de Isabel Scoqui pelas crianças evangelizandas do Núcleo Espírita Fraternidade e Amor, juntamente com as evangelizadoras Bruna e Vanessa Emygdio;



“Bingo em: Vida Nova para Zé Mutreta” – resenha de livro infantil por  Pedro Oliveira Urbanavícius do Lar Espírita Mãos de Amor – LEMA;

“Bem-aventurados os misericordiosos” capítulo X de O Evangelho Segundo o Espiristimo – resenha por Leonardo Oliveira Urbanavícius do Lar Espírita Mãos de Amor – LEMA;
“Eu, poema, Eu poeta e o Autor!” – poema de autoria de Dardier Ruas de Aquino do Lar Espírita Mãos de Amor – LEMA;
“Análise da adequação das Casas Espíritas de Minas Gerais em Relação ao Plano FEB 2018/2022” – artigo apresentado por Vladas Urbanavícius Jr do Lar Espírita Mãos de Amor – LEMA;
“Contribuições de William Denton aos Estudos dos Fenômenos Espíritas” artigo apresentado por Cremildo Martins Freitas do grupo de pesquisa AFE-RIO – Associação Física e Espiritismo da cidade do Rio de Janeiro;
“Sensibilidade Magnética do Perispírito” – artigo apresentado por Carlos Gomes, representando o grupo de pesquisa AFE-Itajubá (grupo parceiro da AFE-RJ).

Ao final das apresentações os expositores puderam responder perguntas do público presente.

Público presente
Expositores
Alessandra (presidente do CEFEC); Edson (presidente AME-Itajubá) e Vladas (presidente do CRE)
A presidente do CEFEC Alessandra Lemos fez a prece final e o evento foi encerrado com a aprovação dos presentes que entendem que o Movimento Espírita precisa resgatar sua parte científica, o que exige pesquisa, determinação e divulgação, conforme Kardec exemplificou.
Os artigos na íntegra podem ser encontrados em www.conice.org.br
REFERÊNCIA
DURGANTE C. E. A. e AGUIAR P. R. D. C. Conectando Ciência, Saúde e Espiritualidade vol. 2 Porto Alegre: Mira Editora, 2013.
KARDEC, A. O Livro dos Espíritos trad. J. Herculano Pires 82. ed. São Paulo: LAKE, 2017.
PIRES, J. Herculano Ciência Espírita e suas implicações terapêuticas 7. ed. São Paulo: PAIDEIA, 2018.






quarta-feira, 17 de julho de 2019

TRABALHO EM EQUIPE



Em o livro Paulo e Estêvão, Emmanuel apresenta em sua introdução a proposta da obra que seria, entre outras, demonstrar que Paulo de Tarso não poderia chegar a bom termo de sua missão, em ação isolada no mundo, ressaltando assim, a importância de um trabalho em equipe.
Segundo o autor a vida de Estêvão e de Paulo estava entrelaçada. Assim, a contribuição de Estêvão e de outras personagens da história confirmam a necessidade e a universalidade da lei de cooperação. O próprio Jesus procurou a companhia de doze auxiliares, a fim de empreender a renovação do mundo.
Emmanuel enfatiza ainda que, sem cooperação, não poderia existir amor; e o amor é a força de Deus, que equilibra o Universo.
Kardec afirma (Livro dos Médiuns, 2013) que o Espiritismo bem compreendido deveria oferecer um laço forte que prenderiam os membros constituintes da sociedade, conhecida hoje como centro espírita.
Em sua concepção, a recíproca benevolência que reina entre todos os integrantes de uma sociedade exclui o constrangimento e o vexame que nascem da suscetibilidade, do orgulho e do egoísmo.
Kardec afirma que esse tipo de sociedade só poderia existir se as pessoas se reunissem com o propósito de se instruírem pelos ensinos dos Espíritos, e não na expectativa de presenciarem fenômenos. Ele sugere, para isso, a formação de pequenos grupos que possam se visitar entre si, permutar ideias e observações, procurando formar o núcleo da grande família espírita.
Emmanuel adverte a cada obreiro da seara espírita, por incumbir-se de tarefa específica, a indagar, de quando em quando, a si mesmo:
O que tenho sido no grupo de trabalho ao qual pertenço? Uma solução ou um agravante? Um companheiro assíduo ou um assistente esporádico? Um amigo compreensível ou um crítico contumaz? Um bálsamo ou um cáustico? Um enfermeiro do bem ou um doente a ser tolerado? Uma planta frutífera ou um parasita destruidor? Uma bênção ou um problema?
Após essas observações, orienta-nos Emmanuel para verificar se estamos simplesmente na Doutrina Espírita ou se a Doutrina Espírita já está claramente em nós?
O autor lamenta ainda que tem encontrado em quase toda parte, grupos formados em nome das interpretações ou dos interesses daqueles que os constituem ou frequentam, sendo difícil encontrar reuniões em nome de Jesus, porque é justamente nessas que os discípulos despem a sua túnica da vaidade humana, para conhecerem a Vontade do Mestre a respeito de suas vidas, consagradas ao Seu Serviço em todos os lugares por onde cruzam os pés.
Manoel Philomeno de Miranda em seu livro Perturbações Espirituais (LEAL, 2015), psicografado por Divaldo Franco alerta sobre o comportamento observado de alguns grupos espíritas, em que a intriga e a infâmia têm sido utilizadas para difamar companheiros, lançando uns contra os outros, desgastando energia e tempo inutilmente.
Adverte, ainda que, embora se pregue a tolerância, esta não tem sido praticada. Por mais que se explique sobre a necessidade do perdão, da gentileza, da caridade no trato com todos, comportam-se armados e muito insensíveis a qualquer palavra de admoestação que interpretam conforme sua doentia situação, de modo a abrir feridas nos sentimentos debilitados.
E continua dizendo que, atormentados pelas paixões servis, transformam os núcleos espíritas, que deveriam ser dedicados ao estudo, à oração, ao recolhimento dos sofredores, a santuário de comunhão com o Mundo Espiritual superior, em clubes de futilidades, de divertimentos, de comentários desairosos, de convívio para o prazer e de lancharia comuns.
O autor alerta também para o fato de que nessa fase de transição planetária, estão reencarnando antigos déspotas e criminosos, genocidas e bárbaros, fanáticos religiosos, odientos e zombeteiros, a fim de que aproveitem a sublime oportunidade de reparação e de crescimento na direção do Bem.
Ele chama a atenção para aqueles que procuram promover contendas e desentendimentos, transformando as Instituições em campos de batalhas destrutivas, sem dar-se conta do prejuízo moral e doutrinário que ocasionam.
Espíritas vaidosos, deixam-se dominar por entidades intelectualizadas, mas de baixo nível moral, que os mistificam, assacando acusações indébitas contra tudo e todos que lhes não compartem as ideias esdrúxulas e extravagantes.
E adverte a todos dizendo que a hora exige atenção e cuidado, ante o número expressivo de lobos disfarçados de ovelhas, com vozes mansas e veneno nas palavras, que aparentam humildade forçada e são possuidores de ira incontrolável.
O autor faz um apelo para que a Instituição Espírita de hoje possa evocar a Casa do Caminho, onde Pedro, Tiago e João viveram os ensinamentos de Jesus e mantiveram a continuação do contato com o Mestre, a fim de que tivessem forças para o testemunho, o sublime holocausto da própria vida.
É chegada a hora de se atender à proposta de Bezerra de Menezes em seu projeto de União e de Unificação. Reunir os Espíritas sérios para o estudo das obras de Allan Kardec e para o trabalho no bem em espírito de equipe e, juntos, falarem a mesma “língua”, utilizando-se dos princípios da Doutrina Espírita.


REFERÊNCIA:
FRANCO, Divaldo. Perturbações Espirituais. (Manoel Philomeno de Miranda). Salvador, BA: LEAL, 2015
KARDEC, A. O livro dos Médiuns trad. Evandro Noleto Bezerra 2.ed. Brasília, DF: FEB, 2013.
RIBEIRO DA SILVA, SAULO C. O Evangelho por Emmanuel: comentários ao evangelho segundo Mateus. Brasília, DF: FEB, 2014.
XAVIER. F. Cândido (Emmanuel) Paulo e Estêvão 45. ed. Brasília, DF: FEB, 2017.




segunda-feira, 8 de julho de 2019

Encontro sobre o passe no NEFA


O Núcleo Espírita Fraternidade e Amor (NEFA) realizou nesse domingo 07/07/19 um encontro cujo o objetivo foi oferecer uma educação continuada sobre o o passe, sempre presente nos Centros Espíritas, recapitulando o que a Doutrina Espírita orienta sobre ele.
Para tanto foi utilizado o material elaborado pela UEM – União Espírita Mineira e que se encontra disponível para download em seu site www.uemmg.org.br em forma de apostila. Trata-se da apostila da Área de Atendimento Espiritual (AAE) onde são encontradas orientações sobre diversos assuntos como:  atendimento fraterno pelo diálogo; atividade da recepção; atendimento espiritual pela irradiação; atendimento espiritual pelo passe, dentre outros.

Foi possível reunir na ocasião cerca de 40 pessoas entre os trabalhadores da Casa e convidados de outros Centros como o Centro Espírita Fé, Esperança e Caridade;  Instituição Espírita Casa de Simão Pedro e Núcleo Espírita Humberto de Campos da cidade de Pedralva.


Num clima de descontração e amizade pode-se reforçar o entendimento sobre o passe, lembrando que toda atividade Espírita exige estudo, vontade, dedicação e persistência.


A orientação da FEB (Federação Espírita Brasileira) quanto da UEM é que todos os trabalhos oferecidos em um Centro Espírita ocorra num clima de simplicidade, humildade e fraternidade, principalmente o passe. Que seja como o fazia Jesus, apenas com a imposição de mãos, mas com muito amor no coração.

Parafraseando  Jesus quando disse “onde dois ou mais estiverem reunidos em meu nome eu ali estarei” (Mt. 18:20), onde estiverem dois ou mais Centros Espíritas reunidos, ali estará a AME em ação. Pois essa é a verdadeira Aliança, na unificação (falando a mesma língua) e na união (juntos e atuantes).



quarta-feira, 1 de maio de 2019

EURÍPEDES BARSANULFO



Como homenagear esse espírita exemplar no dia do seu aniversário? O que se pode falar que já não tenha sido falado, escrito e estudado sobre esse homem que revolucionou Sacramento em Minas gerais?
Talvez para os Espíritas interesse mais a sua conversão ou o seu encontro com o Espiritismo.
Lembrar o episódio ocorrido em 1903 quando o seu tio, Sinhô Mariano em visita à família foi colocado para dormir no mesmo quarto de Eurípedes que, mesmo ainda jovem, possuía uma cultura filosófica e teológica que lhe propiciava bons argumentos numa discussão sobre espiritismo. Ele argumentava que essa doutrina era obra do demônio e não possuía consistência teológica.
Sinhô Mariano, ao contrário, possuía pouca cultura, não lhe restando argumentos consistentes para discutir com o sobrinho. Assim, provavelmente inspirado pela espiritualidade, resolve dar-lhe um livro espírita para ler, o livro Depois da Morte escrito por Léon Denis.
Eurípedes passa a noite toda “devorando” o livro. Ao amanhecer já tinha mudado a sua impressão sobre o espiritismo.
Esse é o ponto para a reflexão. Que emoção! Que descoberta! Que renascimento se deu a partir desse dia! Que momento luminoso esse!
O que essa obra deve ter despertado no coração, ou melhor, no Espírito desse homem? Assim como Saulo de Tarso, a luz revelou a verdade e a libertação se fez. E quando isso acontece, ninguém consegue ser mais o mesmo. Assim foi com Eurípedes Barsanulfo e também com muitos espíritas quando atenderam ao chamado.
Ao longo da semana seu tio lhe apresenta outras obras e periódicos e assim, aos poucos, Eurípedes vai se envolvendo cada vez mais com o Espiritismo.
No ano seguinte na companhia de um amigo Eurípedes vai assistir a algumas  sessões espíritas na fazenda de Santa Maria, reforçando ainda mais sua adesão ao espiritismo.
Não tinha mais dúvidas. Diante dos fatos, assume-se como espírita, rompe com seu trabalho na comunidade católica, entrega a presidência da Sociedade S. Vicente de Paulo, desligando-se dela definitivamente.
Começa então a enfrentar as críticas das pessoas, muitas delas mordazes. Diziam na cidade que o professor tinha ficado louco. Enfrentou resistência nas ruas, no trabalho, na família e na igreja.
Os professores do colégio que dirigia abandonaram suas funções, o proprietário pediu o imóvel, todos estavam contra ele.
Mesmo assim como espírita convicto, não esmoreceu. Fundou o Centro Espírita “Esperança e Caridade” em 1905 para que se realizassem estudos sobre espiritismo e serviços aos doentes através da homeopatia, com receituário mediúnico.
Questionado sobre o fato de o espiritismo ser religião argumentava que sim, era uma religião sem dogmas, sem hierarquias, sendo possível identificar seu aspecto religioso. Segundo Eurípedes “a religião é a faculdade ou o sentimento que nos leva a crer na existência de um ente supremo como causa, fim ou lei universal. O Espiritismo proclama a existência de Deus e reconhece o infinito das Suas perfeições”.
Barsanulfo reabre o colégio em sua própria casa e coloca o nome de Colégio Allan Kardec. O colégio existe até hoje.
O que aprendemos com Eurípedes Barsanulfo?
Dentre outras coisas pode-se aprender que ser espírita é muito mais do que ler, estudar e frequentar um centro Espírita. Ser Espírita é, em primeiro lugar, não ter receio de se dizer Espírita, adepto da Doutrina Espírita, mesmo sabendo que os narizes serão torcidos e que os comentários serão os mais desairosos.
Ser Espírita é divulgar o Espiritismo mais em atos do que em discursos e palavras. É teoria e prática ao mesmo tempo. Estuda-se o Espiritismo, o Evangelho de Jesus e sai a campo praticando a Caridade.
Aprender com aqueles que vêm antes e realizam a terraplenagem no solo árido que encontram para que hoje, cada um que se diz Espírita possa plantar a semente dessa Doutrina Consoladora e Esclarecedora, regá-la diariamente para colher os frutos quando se tiver crescido o suficiente para alcançá-los.
Isso é possível, isso é o esperado, isso compete a cada um. Deus abençoe e ampare a todos nessa tomada de decisão.
Gratidão a Eurípedes Barsanulfo por ter vindo, exemplificado e ainda continuar com todos os Espíritas na luta pelo bem, pela caridade, pela paz e pelo amor.
Salve Eurípedes hoje e sempre.
REFERÊNCIA                                           
BIGHETO, A. Cesar Eurípedes Barsanulfo, um educador de vanguarda na Primeira República. Bragança Paulista, SP: Ed. Comenius, 2006.

domingo, 21 de abril de 2019

25 ANOS DE FRATERNIDADE E AMOR DO NEFA

No dia 25 de março de 2019 reuniram-se na sede do Núcleo Espírita Fraternidade e Amor (NEFA) os trabalhadores, frequentadores e fundadores da Casa para comemorarem o jubileu de prata, ou seja, os 25 anos de existência dessa instituição.
Há 25 anos um grupo de trabalhadores de outra Casa Espírita da cidade sentiu a necessidade de se abrir mais uma instituição espírita, oportunizando mais trabalhos de serviço ao próximo em outro bairro.
Com as dificuldades de sempre, mas com a disposição e o apoio da espiritualidade, muita garra e dedicação, alugaram uma casa de início e, com a vinda de mais trabalhadores e com eventos beneficentes o centro foi se capitalizando para conseguir, alguns anos depois, comprar um terreno e construir sua sede própria.
Hoje a Casa mantém trabalhos diários com estudos, palestras, evangelização infantil e juvenil, fluidoterapia, atendimento fraterno, grupos mediúnicos, além da assistência e promoção social.
A cada ano, a alegria de se manter as portas abertas para se prestar serviços às centenas tanto no plano material quanto no espiritual, ilumina os corações dos dirigentes e mantenedores da Casa.
Procurando fazer jus ao nome a Instituição preza pela fraternidade, recebendo a todos como irmãos e companheiros de ideal exercitando-se no amor, baseado no Evangelho de Jesus e pautado nos ensinamentos da Doutrina dos Espíritos.
Foi uma noite festiva com um musical elaborado e apresentado pela Mocidade Espírita Fonte Viva contando a história da fundação e no final foi prestada a justa homenagem a alguns fundadores presentes.

Carlos Gomes presidente atual e Antônia Veira, uma das fundadoras

Apresentação do Musical

Parabéns para o NEFA

Homenagem aos fundadores 

Alguns trabalhadores da Casa

Público presente tendo à frente os fundadores
De acordo com Herculano Pires “o Centro Espírita é, sobretudo, um centro de serviços ao próximo, no plano propriamente humano e no plano espiritual. O ensino evangélico puro, as preces e os passes e o trabalho de doutrinação representam um esforço permanente de esclarecimento e orientação de espíritos sofredores e de suas vítimas humanas, que geralmente são comparsas necessitados da mesma assistência”.
Que venham os próximos 25 e mais Casas Espíritas.

terça-feira, 12 de fevereiro de 2019

Qual é a minha missão?

Muitos se perguntam sobre a sua missão na Terra. Existem os Espíritos missionários que realizam grandes obras e auxiliam muitas pessoas como Chico Xavier, Gandhi dentre outros. No entanto, somente o fato de se estar reencarnado já denota um propósito divino, espiritual, porque nada é inútil na Natureza.
Na questão 132 de O Livro dos Espíritos Kardec pergunta aos Espíritos: qual o objetivo da encarnação dos Espíritos? E eles respondem que sua finalidade é permitir ao Espírito chegar à perfeição. Dizem ainda que a encarnação visa colocar o Espírito em condições de suportar a parte que lhe toca na obra da Criação. Para executá-la, concluem, toma o Espírito um instrumento, de harmonia com a matéria essencial desse mundo, a fim de aí cumprir, daquele ponto de vista, as ordens de Deus. Assim concorre para a obra geral.
A questão posta é que todos, sem exceção, contribuem com a obra divina. Pode-se fazer uma analogia ainda que precária, com a construção de um grande edifício na Terra em que é contratada uma empreiteira. Cada funcionário dessa empreiteira tem uma função a desempenhar para que o prédio se concretize e, quanto maior o prédio, maior o número de funcionários.
Na empreiteira divina, Deus é o dono do prédio, Jesus é o encarregado e todos os habitantes do planeta, os funcionários. Esse prédio, que pode ser o mundo de regeneração tão esperado, só se concretizará se todos, todos mesmo, realizarem sua parte, da melhor maneira possível.
Os impedimentos na conclusão da obra são o orgulho, a vaidade e o egoísmo, que são grandes pedras a serem quebradas para permitir a construção do novo mundo. Até para realizar uma função o homem quer ser grande, fazer algo que apareça, é quando o orgulho fala mais alto. Kardec também se preocupou com isso ao perguntar aos Espíritos na questão 571: somente os Espíritos elevados desempenham missões? E a resposta não poderia ser melhor: a importância das missões corresponde às capacidades e à elevação do Espírito. O estafeta que leva um telegrama ao seu destino também desempenha uma missão, se bem que diversa da de um general.
Satisfazendo a curiosidade de todos, os Espíritos respondem a Kardec na questão 573 que a missão dos Espíritos encarnados é instruir os homens, auxiliando o seu progresso; é melhorar as instituições, por meios diretos e materiais. O que cultiva a terra desempenha tão nobre missão, como o que governa, ou o que instrui. Tudo na Natureza se encadeia. Cada um tem neste mundo a sua missão, porque todos podem ter alguma utilidade.
Em suma, o objetivo da encarnação é fazer o bem, no entanto, os próprios Espíritos afirmam na questão 574 que há pessoas que vivem só para si mesmas, que não sabem tornar-se úteis ao que quer que seja. Acabam por experimentar, ainda nessa vida, o aborrecimento, o desgosto, o tédio que uma vida ociosa apresenta. Um dia compreenderão, à própria custa, os inconvenientes da inutilidade a que se votaram e serão os primeiros a pedir que se lhes conceda recuperar o tempo perdido.
Embora se ignore a missão, estas acabam se desenhando à sua vista. Deus impele o homem para a senda onde devam executar os seus desígnios. A própria paternidade, dizem os Espíritos, pode ser considerada uma verdadeira missão. É um grande dever que envolve mais responsabilidade do que se pensa em relação ao futuro. Deus coloca o filho sob a tutela dos pais, a fim de que estes o dirijam pela senda do bem, e lhes facilita a tarefa dando àquele uma organização débil e delicada, que o torna propício a todas as impressões.
Kardec sabiamente complementa no livro O Céu e o Inferno que cada encarnado tem a sua missão, isto é, deveres a preencher a bem de seus semelhantes, desde o chefe de família, a quem incumbe o progresso dos filhos, até o homem de gênio que lança às sociedades novos germens de progresso.
Cabe a cada um conscientizar-se, a partir das explicações de Kardec no livro citado, de que a vida espiritual em todos os seus graus é uma constante atividade e que os encargos de cada tarefa deve ser experimentada como uma verdadeira felicidade.
Na obra divina não há favores, nem privilégios que não sejam o prêmio ao mérito; sendo tudo medido na balança da estrita justiça. As atribuições dos Espíritos são proporcionais ao seu progresso. Trabalhar para progredir, progredir para trabalhar mais e mais e, nessa oportunidade de trabalho encontrar a tão desejada felicidade.
Que cada um faça o seu melhor, no local onde foi colocado, com aqueles com os quais convive, para promoverem a paz.
REFERÊNCIA:
KARDEC, Allan A Revista Espírita 1859, trad. Julio Abreu Filho, Catanduva, SP: EDICEL, 2016.
____________ O Céu e o Inferno 2. ed. Trad. Manuel J. Quintão, Rio de Janeiro: FEB, 2011
____________ O Livro dos Espíritos 93. ed. Trad. Guillon Ribeiro, Brasília, DF: FEB, 2013



ESTÊVÃO

A história de Estêvão no Evangelho começa com um diálogo entre os discípulos de Jesus que continuaram seu trabalho atendendo aos mais necess...