O Espiritismo expande o pensamento e lhe abre novos horizontes;
em lugar dessa visão estreita e mesquinha que o concentra sobre a vida
presente, que faz do instante que passa sobre a Terra a única e frágil base do
futuro eterno, ele mostra que essa vida não é senão um elo no conjunto
harmonioso e grandioso da obra do Criador; mostra a solidariedade que liga
todas as existências do mesmo ser, todos os seres de um mesmo mundo e os seres
de todos os mundos; dá, assim, uma base e uma razão de ser à fraternidade
universal, enquanto que a doutrina da criação da alma no momento do nascimento
de cada corpo, torna todos os seres estranhos uns aos outros. Essa solidariedade
das partes de um mesmo todo explica o que é inexplicável, se se considerar
apenas uma parte. É esse conjunto que, ao tempo do Cristo, os homens não teriam
compreendido e, por isso, ele reservou o conhecimento para outros tempos.
Allan Kardec – O Evangelho Segundo o Espiritismo – cap.
II – Meu Reino não é deste mundo.
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