Política divina
O discípulo sincero do Evangelho não necessita respirar o
clima da política administrativa do mundo para cumprir o ministério que lhe é
cometido.
O Governador da Terra, entre nós, para atender aos objetivos
da política do amor, representou, antes de tudo, os interesses de Deus junto do
coração humano, sem necessidade de portarias e decretos, respeitáveis embora.
Administrou servindo, elevou os demais, humilhando a si
mesmo.
Não vestiu o traje do sacerdote, nem a toga do magistrado.
Amou profundamente os semelhantes e, nessa tarefa sublime,
testemunhou a sua grandeza celestial.
Que seria das organizações cristãs se o apostolado que lhes
diz respeito estivesse subordinado a reis e ministros, câmaras e parlamentos transitórios?
Se desejas penetrar, efetivamente, o templo da verdade e da
fé viva, da paz e do amor, com Jesus, não olvides as plataformas do Evangelho
Redentor.
Ama a Deus sobre todas as coisas, com todo o teu coração e
entendimento.
Ama o próximo como a ti mesmo.
Cessa o egoísmo da animalidade primitiva.
Faze o bem aos que te fazem mal.
Abençoa os que te perseguem e caluniam.
Ora pela paz dos que te ferem.
Bendize os que te contrariam o coração inclinado ao passado
inferior.
Reparte as alegrias de teu espírito e os dons de tua vida
com os menos afortunados e mais pobres do caminho.
Dissipa as trevas, fazendo brilhar a tua luz.
Revela o amor que acalma as tempestades do ódio.
Mantém viva a chama da esperança, onde sopra o frio do
desalento.
Levanta os caídos.
Sê a muleta benfeitora dos que se arrastam sob aleijões
morais.
Combate a ignorância, acendendo lâmpadas de auxílio
fraterno, sem golpes de crítica e sem gritos de condenação.
Ama, compreende e perdoa sempre.
Dependerás, acaso, de
decretos humanos para meter mãos à obra?
Lembra-te, meu amigo, de que os administradores do mundo
são, na maioria das vezes, veneráveis prepostos da Sabedoria imortal, amparando
os potenciais econômicos, passageiros e perecíveis do mundo; todavia, não te
esqueças das recomendações traçadas no Código da Vida eterna, na execução das
quais devemos edificar o Reino divino, dentro de nós mesmos.
Livro: Vinha de Luz – Chico Xavier/Emmanuel
Nenhum comentário:
Postar um comentário